Na minha Aldeia
A esperança vagueia descalça,
Por detrás dos montes,
nas águas cristalinas da ribeira
em perpétuo movimento.
Pétalas de orgulho
de flores silvestres multicores
jazem no chão dos sentidos
fecundando raízes no ventre da terra.
E o tempo voa veloz
na aldeia dos meus sentidos,
levado nas asas do desejo
envolto em brumas e maresia.
Encostados ao balcão
bebem cálices de espanto
erguidos por semi-deuses
efémeros, frágeis e falíveis
E as almas insatisfeitas
como eu, perseguem utopias
semeando saberes e afectos
na espuma dos dias.
Anónimo do séc. XXI
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